Você sabe quantos tipos de Acupuntura existem? Ainda, qual é a sua origem e quantas escolas já foram criadas? E qual seria o método mais eficaz para cada caso?
Algumas questões são mais fáceis de responder. Por isso, vamos começar a esclarecer os aspectos principais sobre a Acupuntura.
É provável que você imagine a origem da Acupuntura: ela veio da China.
Existe um farto e rico material que, de acordo com estudos, data de mais de 3 mil anos (alguns dizem 5 mil)! Trata-se de um compilado de relatos que detalham toda técnica, teoria e filosofia da Acupuntura e sua base – a Medicina Tradicional Chinesa.
Como tanta fartura de material, tornou-se necessário realizar uma unificação. Por isso, diversos tratados foram compilados e, juntamente com os conceitos acadêmicos do século XX, chegou-se ao que hoje chamamos de Medicina Tradicional Chinesa (MTC).
Apesar de toda a base da Acupuntura ser chinesa e de muitas das tradições serem mantidas, existem duas vertentes que possuem suas próprias individualidades e geraram duas diferentes escolas de prática e ensino. Elas são chamada de Acupuntura Coreana e Acupuntura Japonesa.
A Acupuntura Coreana possui uma forma de tratamento bem particular e já conhecida no meio. Nela, pequenas agulhas são aplicadas na mão, configurando uma técnica conhecida como Koryo.
Já a vertente da Acupuntura Japonesa segue praticamente todos os mesmos preceitos da chinesa. A diferença entre elas é que nesta a aplicação das agulhas é feita apenas nas camadas superficiais da derme, sem aprofundar as agulhas.
Analisando o sentido da palavra “Acupuntura”, temos que ela é formada pela junção da palavra grega “acus” (que significa aço, representando a agulha) e “puntura”, que significa furo ou picada. Apesar disso, devemos observar sua contextualização.
Na origem chinesa, o termo para se referir ao tratamento feito com agulhas e moxabustão continha as palavras “ferro” e “fogo”, representando-as respectivamente. Isso mostra que não havia dissociação entre uma forma de tratar os indivíduos e outra. Por isso, a combinação dos dois elementos é parte fundamental dos tratamentos.
Assim, tudo indica que houve uma predileção com o uso das agulhas nos primeiros momentos em que a técnica chegou ao Ocidente; então, o termo Acupuntura passou a generalizar o tratamento realizado principalmente com agulhas. Com isso, moxabustão, a ventosa e a auriculoterapia passaram a serem vistas apenas como complementares.
O que realmente vai diferenciar um profissional do outro é a experiência.
Assim como acontece após a conclusão de qualquer curso de graduação, é a prática e a busca constante por aperfeiçoamento que irá tornar um profissional mais ou menos competente.
Se o indivíduo optar por uma determinada escola (chinesa, japonesa ou coreana), isso não será um impeditivo para ele buscar o conhecimento em outras e, assim, desenvolver a sua própria forma de tratamento dentro daquilo que ele mais se identifica e considera eficaz.
A Acupuntura veio para ficar e continuará evoluindo e contribuindo para melhorar a da saúde de muitas pessoas.
Essa briga promovida por médicos em busca do seu controle e exclusividade pode ter consequências terríveis – a exemplo de outros países que cometeram o mesmo erro e quase acabaram por erradicar a Acupuntura em seu território.